Uma tarde num quintal é um
momento de muito prazer, leveza e alegria. Sendo assim, lá fomos nós numa
caravana com bebês e crianças rumo à Tijuca, usufruir todas as delícias que
o quintal do Tear tinha pra nos proporcionar.
A chegada foi uma delícia! Ficamos ali na varanda, esperando o grupo todo chegar. Nesse momento o querido "Intrometido", um brincante/palhaço/educador/conversador, se encontrava com as crianças respondendo às suas curiosidades sobre o espaço e objetos.
Que casa era aquela? E
aquele bicho no canto? Ah... uma carranca! Depois viram o São Francisco... e
mil perguntas rolando. Apresentações feitas fomos adentrar o portão mágico. Que
engraçado! Música, rebolado e mil palavras para fazer o portão abrir. E não é
que deu certo? Pronto! Todos dentro e vários olhares e vozes nos esperando com
canções e brincadeiras.
Começou uma dança de roda.
Músicas conhecidas ao violão e palmas. Umas crianças já entraram no clima
outras precisaram de um tempo maior pra se aproximar, outras só querem olhar...
e como respeitamos o tempo de cada um
aos pouquinhos elas foram se integrando. Os bebês transitando e observando
aquela magia inesperada. Uma surpresa fazendo a tarde deles totalmente
diferente.
Depois dessa recepção
fomos convidados a conhecer o quintal de fato, com suas árvores, horta,
tartaruga, gongolos e abelhas. Quanta novidade! Silêncio para achar a
tartaruga, senão ela se esconde. E olhar as abelhas, pode? Pode! Abelha
brasileira sem ferrão! Chão molinho, buracos na terra, galhos, horta para regar
e comer. Conhecimento colocando a mão na terra e cheiros no nariz.
Consideramos o quintal de
uma riqueza ímpar e conhecendo nossos pequenos como conhecemos sabemos que se
deixássemos eles ficariam a tarde inteira nesse pedacinho de chão cercado
de vida por todos os lados.
A hora do lanche foi uma
loucura! Elas estavam brincando de regar a horta e fizemos uma pausa pra
comida. Uau! Estavam muito eufóricos com o espaço, com a música e com os
educadores da casa. Tiraram a roupa, começaram a correr e gritar. Comeram
pouco. Queriam era o quintal, correr, ficar descalças na terra.
Mil coisas ainda pra
viver: tinha cama de gato feita com barbante, bacias com água de
cheiro, construção de tapetes de folhas, massinha e contação de
histórias no Pé de Livro montado especialmente para nós.
Uma delícia poder estar
num ambiente como essa casa. Poder ter um violão acompanhado os caminhos,
música para as passagens (quando uma criança estava descendo do banheiro e
passou pelo portãozinho que leva para o quintal falou "pra passar aqui tem
que cantar uma musiquinha`), sorriso e mão amiga dos educadores em cada
momento.
As crianças ficaram muito
a vontade com todos os educadores e em cada espaço do quintal. Queremos
muito fazer mais encontros, frequentar mais essa casa, contribuir de alguma
maneira para construir uma parceria com o que temos de concreto.
Acreditamos que a natureza
e o olhar amoroso de um adulto é uma porta que possibilita um auto conhecimento
e um conhecimento do mundo imprenscidível!
Ficamos muito felizes
quando ao final da tarde uma das educadoras sugeriu que escrevessemos nossas
percepções sobre esse momento e interação. Sim! É muito importante criarmos
laços e parcerias a partir da conversa sincera e avaliação de nossas
estratégias conjuntas. Agradecemos de
coração o acolhimento e a escuta de cada um dos educadores que proporcionaram
uma tarde inesquecível para todos esses pequenos corações da Casa Escola!
Nenhum comentário:
Postar um comentário