sábado, 24 de outubro de 2015

Uma tarde no quintal. Casa Escola vai ao Tear.


Uma tarde num quintal é um momento de muito prazer, leveza e alegria. Sendo assim, lá fomos nós numa caravana com bebês e crianças rumo à Tijuca, usufruir todas as delícias que o quintal do Tear tinha pra nos proporcionar.


A chegada foi uma delícia! Ficamos ali na varanda, esperando o grupo todo chegar. Nesse momento o querido "Intrometido", um  brincante/palhaço/educador/conversador, se encontrava com as crianças respondendo às suas curiosidades sobre o espaço e objetos.

Que casa era aquela? E aquele bicho no canto? Ah... uma carranca! Depois viram o São Francisco... e mil perguntas rolando. Apresentações feitas fomos adentrar o portão mágico. Que engraçado! Música, rebolado e mil palavras para fazer o portão abrir. E não é que deu certo? Pronto! Todos dentro e vários olhares e vozes nos esperando com canções e brincadeiras.

Começou uma dança de roda. Músicas conhecidas ao violão e palmas. Umas crianças já entraram no clima outras precisaram de um tempo maior pra se aproximar, outras só querem olhar... e  como respeitamos o tempo de cada um aos pouquinhos elas foram se integrando. Os bebês transitando e observando aquela magia inesperada. Uma surpresa fazendo a tarde deles totalmente diferente.

Depois dessa recepção fomos convidados a conhecer o quintal de fato, com suas árvores, horta, tartaruga, gongolos e abelhas. Quanta novidade! Silêncio para achar a tartaruga, senão ela se esconde. E olhar as abelhas, pode? Pode! Abelha brasileira sem ferrão! Chão molinho, buracos na terra, galhos, horta para regar e comer. Conhecimento colocando a mão na terra e cheiros no nariz.

Consideramos o quintal de uma riqueza ímpar e conhecendo nossos pequenos como conhecemos sabemos que se deixássemos eles ficariam a tarde inteira nesse pedacinho de chão cercado de vida por todos os lados.
A hora do lanche foi uma loucura! Elas estavam brincando de regar a horta e fizemos uma pausa pra comida. Uau! Estavam muito eufóricos com o espaço, com a música e com os educadores da casa. Tiraram a roupa, começaram a correr e gritar. Comeram pouco. Queriam era o quintal, correr, ficar descalças na terra.

Mil coisas ainda pra viver: tinha cama de gato feita com barbante, bacias com água de cheiro, construção de tapetes de folhas, massinha e contação de histórias no Pé de Livro montado especialmente para nós.

Uma delícia poder estar num ambiente como essa casa. Poder ter um violão acompanhado os caminhos, música para as passagens (quando uma criança estava descendo do banheiro e passou pelo portãozinho que leva para o quintal falou "pra passar aqui tem que cantar uma musiquinha`), sorriso e mão amiga dos educadores em cada momento. 

As crianças ficaram muito a vontade com todos os educadores e em cada espaço do quintal.  Queremos muito fazer mais encontros, frequentar mais essa casa, contribuir de alguma maneira para construir uma parceria com o que temos de concreto.

Acreditamos que a natureza e o olhar amoroso de um adulto é uma porta que possibilita um auto conhecimento e um conhecimento do mundo imprenscidível!

Ficamos muito felizes quando ao final da tarde uma das educadoras sugeriu que escrevessemos nossas percepções sobre esse momento e interação. Sim! É muito importante criarmos laços e parcerias a partir da conversa sincera e avaliação de nossas estratégias conjuntas. Agradecemos  de coração o acolhimento e a escuta de cada um dos educadores que proporcionaram uma tarde inesquecível para todos esses pequenos corações da Casa Escola!

E que venham novos encontros! 

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