quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Esconderijo, avião, correria, tambor, gritaria, jardim, confusão


Aqui nós brincamos até cansar. Até os adultos cansarem, porque as crianças....raramente se cansam.

Desde o início de nosso planejamento um tema que sempre foi muito considerado por nós foram as atividades que as crianças teriam. Nossa busca foi na direção de envolvê-los nessa fase brincante que a infância solicita urgentemente o tempo todo: brincar por brincar. A brincadeira espontânea, leve e imaginativa sem obrigações ou metas.

Combinamos que cada pai/mãe do dia iria pensar numa proposta de atividade e apresentar para as crianças. Tivemos um primeiro momento de apresentar as atividades, depois apresentamos materiais e deixamos que eles indicassem a dinâmica e também tivemos alguns momentos de não propor ou apresentar nada, mas deixá-los buscar dentro da organização do espaço o que lhes interessava. Considero que atualmente estamos fazendo de tudo um pouco, pois vamos nos escutando, escutando as crianças e vendo o que é mais importante no momento.
Compartilhamos aqui algumas das brincadeiras que fazemos quando estamos em casa:

Para os dias quentes temos muita água rolando. Banhos no tanque, banhos de mangueira, de balde, de piscina, de bacia, de chuveirinho e o que mais elas inventarem.

Com as caixas de papelão elas se divertem entrando e saindo, imaginando que é um barco, se escondendo do amigo, balançando, arrastando e principalmente rindo muito. Com as caixas coloridas e com o castelo de papelão brincam de bater na "porta" para visitar o amigo e levar uma comidinha de presente.

Fazem comidinha de papel marche e “cozinham” no fogão de papelão lindo! Assim que algum deles resolve brincar todos querem no mesmo momento, isso significa que temos muitas brigas na disputa de uma boca do fogão.

Música e dança: muito, muito, muito! Dança com cantigas de roda, ritmos latinos (“cumbia” usando saias compridas), jongo, cd Arca de noé e aula de música com Agustin.

Muita arte com colagem de papel, tecido, bichinhos desenhados, purpurina, folhas. Desenhos com lápis de cor, giz de cera e giz de quadro negro.  As superfícies são as mesmas para as tintas (que todos amam!). Qualquer variação tá valendo:  tecido, parede, chão, o seu próprio corpo, o corpo do outro, papel, ovos, etc.

  
Para agitar (como se fosse necessário)  criamos alguns circuitos com cordas penduradas, barras, túnel e barracas; com rampas, rolos e madeiras e com estradas desenhadas no chão com fita crepe ou giz.


Continuando a agitação: descobriram a corrida. Muita corrida espontânea, muita corrida imitando bichos e monstros e usando diferente ritmos. Já gostam de correr em volta da casa pra pegar um coleguinha e dar mil gritinhos.

 Adoram historias, sejam contadas, no livro, no teatro de dedoches ou com bonecos. Fizemos um teatro de sombras, mas ficou tão mágico que eles não queriam saber da história, queriam entender como era feito.

Já tivemos também piscina de bolinhas, malabares, bolinhas passando em túneis, carrinhos descendo em rampas, bambolês girando durante se-ma-nas, fitas coloridas girando em volta do corpo, balões coloridos e gigantes, fantasias com asas, arcos, óculos, saias e chapéus.

Fizemos uma “cama de gato” com elásticos que ficou instalada alguns dias a pedido das crianças deixando a área intransitável para os adultos…


 Temos também brincadeiras “sérias” onde utilizamos objetos de cozinhas e alguns alimentos para eles manipularem e sentirem suas texturas e formas. Aproveitando o cenário fazemos pão integral que já fica pro lanche. Fizemos experiência de plantar feijões no algodão e acompanhar o crescimento de cada um.



No espaço maior brincamos de amarelinha,  experimentamos pipas e também bolas de sabão gigantes (consequentemente, mergulhos no balde com água e sabão).

Enfim… as brincadeiras são essas, mas as crianças dão mais complexidade a elas e inventam variações a cada dia. E nós seguimos observando e apoiando seus desejos. E claro, terminamos o dias exaustos. Todos!


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