
Nós da Casa Escola, que já gostamos de uma novidade, ficamos curiosos para conhecer esse grupo e marcamos um encontro tarde dessas. Chegamos de mansinho, e, ali no parquinho, as crianças foram observando, sentindo que havia uma parceria entre as educadoras dos dois grupos e aos poucos reconhecendo o outro brincante.
Brinquedos pra brincar na areia atraíram uma aventureira, depois uma pista para carros desenhada com giz no chão ficou seduzindo quem passava por perto para se aproximar mais e brincar junto. Aos pouquinhos foram falando seus nomes, observando a movimentação dos mais velhos e se soltando.
Fomos para perto da nossa querida Tamarineira para fazer o lanche. Abrimos nossas cangas, lanches e curiosidades. "O que é isso?" "Você quer um tomatinho?" "Cada um traz seu lanche?" "Você gosta de tangerina?" "Ah, ele não gosta de fruta nenhuma..." E assim com perguntas e alegria as crianças e as educadoras foram conhecendo um pouco da dinâmica do outro grupo.
Depois do lanche começou a vontade de correr e aproveitar para se esconder na gruta com o lago que estava sem água. Apareceu um monstro incrível que vira monstro e vira gente! Uma gritaria: "monstro, monstro, monstro!" Pronto! Uma rodadinha e já começam todas a correr dele/a. Quer dizer, quase todos, os maiores querem saber é de atacar o monstro, de desafiá-lo... Mas de repente uma vozinha fala: "Maria, Maria, Maria!" e o monstro vai embora deixando no seu lugar a educadora fazendo todas darem risada com a transformação. As crianças devem ter repetido essas frases trinta vezes.
E pulando de um degrau pra lá, subindo nas pedras pra cá, todas vão se reconhecendo na movimentação, na ocupação dos espaços e nas cumplicidades para fugir ou pegar o monstro.
Já sabem alguns nomes e se interessam por saber quem vem buscar, por contar onde vão todos juntos tomar banho depois... Proseiam.
E o lago sem água tem uma pedra linda que eles nomearam de "sofá" e que serviu para aconchegá-los para ouvir uma história no final da tarde. Primeiro ficaram de longe ouvindo e depois se aproximaram e pediram mais histórias, reconheceram livros e contaram suas aventuras.
Um encontro potente que começou de mansinho e terminou com gostinho de quero mais.
Precisamos concretizar mais momentos como esse, aproximar os pontos dessa rede de coletivos no Rio de Janeiro e possibilitar que as crianças desbravem essa cidade muito bem acompanhadas.
Seguimos atentos ao que vem pela frente e assim nos aventuramos juntos.
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